terça-feira, 15 de setembro de 2009

Alcoolismo


O alcoolismo é uma doença crônica que consiste no consumo compulsivo do álcool, fazendo com que o indivíduo se torne cada vez mais tolerante a ele, tendo crises de abstinência quando não o tem. Esta se caracteriza por meio de tremores, irritabilidade, náusea, ansiedade, taquicardia e pupilas dilatadas.

Não se sabe precisamente a relação entre alcoolismo e hereditariedade, entretanto é de conhecimento que esta existe: um indivíduo tem quatro vezes mais chances de ter problemas com a bebida se seus pais foram alcoólicos. Estrutura psíquica e influências familiares e culturais são outros aspectos que podem levar a esta moléstia.

Se tratando de uma sociedade em que o uso do álcool não é considerado um comportamentos ilícito, e também pela falta de clareza entre o que é beber socialmente, abuso e o que já caracteriza o vício, o acesso a esta substância é relativamente fácil, fazendo com que esta seja a substância psicoativa mais popular do planeta. Assim, não é raro vermos adolescentes ou mesmo crianças fazendo o uso dele e até grupos idolatrando a ingestão de bebidas alcoólicas e comportamentos de embriaguez.

Um primeiro ponto é que o alcoolismo não se dá de forma imediata. Geralmente se torna um hábito, tomando um papel de destaque na vida do sujeito. Embriaguez, alteração drástica de humor e, após o evento, “ressaca moral” vão se tornando cada vez mais frequentes: casos sucessivos de abuso do álcool.

Beber pela manhã nos últimos doze meses; tentar, sem sucesso, parar de fazer o uso do álcool por uma semana ou mais; sentir ressentimento das pessoas que tentam aconselhar em relação a esta temática; problemas no lar por causa da bebida; não se lembrar de certos momentos que ocorreram enquanto fazia o uso do álcool dentre alguns outros sintomas, podem indicar o alcoolismo em potencial ou propriamente dito.

Em nosso país, cerca de 15% da população sofre deste mal que pode, em longo prazo, causar doenças como câncer na boca, língua, fígado e outras regiões do sistema digestório; danos cerebrais irreversíveis; problemas no sistema cardíaco; malformações, em caso de alcoólicas gestantes, e diminuição da produtividade no trabalho.

Sob o efeito do álcool, o indivíduo pode ter comportamentos não convencionais em razão da perda de inibição. Exemplos: usar outras drogas, dirigir em alta velocidade, chorar, discutir, ser violento, dentre outros. Estas atitudes, além de causar problemas a ele próprio, podem gerar desconforto e até consequências mais drásticas a outras pessoas.

O diagnóstico para alcoolismo consiste em entrevista com o indivíduo e pessoas próximas, além de exame físico. De acordo com o grau de dependência e estado de saúde em que se encontra, o tratamento é indicado. Como na maioria dos casos a pessoa não reconhece a sua doença, a internação é, geralmente, necessária. Psicoterapia é sempre indicada, a fim de evitar recaídas e tratar a dependência psicológica ou os motivos que levaram a pessoa a fazer o uso abusivo do álcool, como fatores existenciais. O Alcoólicos Anônimos pode ser uma boa alternativa para controlar a dependência química e aprender a lidar com a doença.

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