terça-feira, 22 de setembro de 2009

Hiperecplexia


A hiperecplexia é um distúrbio de movimento que, apesar de grave, é pouco estudado, talvez em razão da sua baixa incidência em relação a outros existentes. Ela se manifesta em virtude de uma mutação nos receptores de glicina do indivíduo.

Seu nome, de origem grega, significa “espasmo exagerado”. Assim, consiste em reações involuntárias de sobressalto em resposta a estímulos visuais, táteis ou auditivos, como ruídos altos. Tal comportamento é um dos movimentos mais rápidos que nossa espécie pode gerar, a partir de estímulos sensoriais.

Um piscar de olhos exagerado, caretas, flexões da cabeça, elevação dos ombros e flexão dos cotovelos, tronco e joelhos são suas principais características. Nesses ataques repentinos, pode haver aumento ou perda do tônus muscular, sendo o primeiro mais comum. Quanto mais tensos ou cansados estão, mais acentuada é a reação.

Em razão da perda de controle postural, o indivíduo pode cair após os espasmos, podendo gerar consequências mais sérias. Deslocamento da bacia e hérnias podem ocorrer com o passar do tempo, como consequência da tensão muscular.

É geralmente hereditária, mas há casos na literatura de incidência sem este tipo de relação. As pessoas afetadas, na maioria dos casos, já nascem com características típicas, como o enrijecimento dos músculos, principalmente ao redor do ombro, e sobressalto acentuado em situações como as citadas anteriormente. Nestes casos, o médico pode dar pequenas batidas na ponta do nariz do bebê a fim de verificar se há ou não reação específica para esta mazela. Em lactantes, as movimentações podem ser seguidas de apnéia e, nesta fase da vida, as crianças podem ter dificuldades em engolir e se engasgam com mais facilidade.

Durante o sono, os espasmos podem desaparecer. Entretanto, ocorrem casos em que o paciente tem movimentação brusca, repetitiva e involuntária dos membros, geralmente, durante o sono tranqüilo.

Eletroencefalogramas são capazes de detectar esta doença.

Quanto aos fármacos, conazepam, benzodiazepinas, ácido valpróico, 5-hidroxitriptofan, piracetam e vigabatrin são utilizados para tratamento, de acordo com as características e manifestações do indivíduo.

Doença de Parkinson


A doença de Parkinson tem este nome em homenagem a quem a descreveu pela primeira vez, em 1817: o médico inglês James Parkinson. Ela, apesar de sua origem neurológica e característica degenerativa, não afeta a capacidade intelectual. Altera, principalmente, o sistema motor causando tremores que ocorrem na maior parte do tempo em momentos de repouso. Estes se acentuam quando o indivíduo está nervoso e desaparecem durante o sono. Rigidez muscular, diminuição da mobilidade, desequilíbrio, alterações na fala e escrita e acúmulo de saliva nos cantos da boca também podem ser notados.

Os primeiros sintomas podem passar despercebidos no início e incluem: sensação de cansaço, alterações na grafia, isolamento sem motivo claro, dores musculares, piscar de olhos com frequência reduzida, movimentos mais lentos e fala menos articulada. Podem ocorrer leves tremores, geralmente de apenas um lado do corpo, e a face se torna mais rígida.

Sua causa não é bem conhecida, mas sabe-se que pessoas que têm ou tiveram encefalite, hidrocefalia, traumatismos cranianos ou encefálicos ou intoxicação por monóxido de carbono ou manganês são mais predispostos a tê-la.

Ocorre nas mesmas proporções em ambos os sexos, mas geralmente em pessoas com cinquenta anos de idade ou mais: dois a cada cem idosos com mais de 65 anos a possuem. Sabe-se que seus sintomas ocorrem em razão da diminuição da secreção de dopamina, devido à perda de neurônios na área em que ela é produzida.

É uma doença incurável, mas que pode ser tratada e controlada, buscando corrigir a diminuição da dopamina, com seções de fisioterapia associadas. Psicoterapia e fonoaudilogia podem auxiliar no controle dos sintomas. Cirurgias, em alguns casos, podem ser necessárias. Marca-passos cerebrais têm apresentado resultados muito bons.

Depressão, distúrbios do sono e cognitivos, dificuldades urinárias, tonturas, dores musculares, câimbras, intestino preso e osteoporose podem estar associados.

Só lembrando que 11 de abril é o Dia Nacional da Doença de Parkinson!

Glaucoma


Glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão ocular. Uma vez que provoca lesões no nervo óptico, compromete a visão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o glaucoma é a terceira maior causa de cegueira na população mundial.

Na maioria dos casos, a doença é assintomática no seu início e é mais frequente em pacientes:

- com idade acima de 40 anos

- portadores de diabetes

- com glaucoma no histórico familiar

- míopes, com lentes acima de 6°

- de raça negra (a probabilidade de ser afetada é quatro vezes maior em relação aos brancos)

- que já sofreram trauma ocular ou doenças intra-oculares

O diagnóstico é feito via exame oftalmológico. Analisa-se: a acuidade visual, para detectar alterações na visão; pupila, para detectar possíveis lesões nas vias ópticas; o interior e o exterior dos olhos, com uso de lâmpada de fenda; pressão intra-ocular, com exame denominado tonometria; a aparência do nervo óptico via fotografia, medindo sua escavação e possível palidez; e o campo visual, para confirmar se há alguma perda.

Apesar de consistir em várias etapas, o exame é simples e indolor.

O tratamento consiste em uso de colírios e tratamento de distúrbios que possam ser responsáveis pelo aumento da pressão ocular. O glaucoma crônico pode ser controlado por meio de medicações, cirurgias de incisão ou raios laser, caso não haja sucesso no uso do colírio.

Comprimidos podem causar perda de potássio e, nestes casos, uma dieta rica em alimentos como frutas secas, agrião, rabanete, tomate, batata e carnes magras podem driblar este problema.

Caso se enquadre em algum dos casos citados acima (idade acima de 40 anos, portadores de diabetes...), é importante que visite o oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano.

Discalculia


A discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia.

Pode ocorrer como resultado de distúrbios na memória auditiva, quando a pessoa não consegue entender o que é falado e conseqüentemente não entende o que é proposto a ser feito, distúrbio de leitura quando o problema está ligado à dislexia e distúrbio de escrita quando a pessoa tem dificuldade em escrever o que é pedido (disgrafia).

É muito importante buscar auxílio para descobrir a discalculia ou não no período escolar quando alguns sinais são apresentados, pois alguns alunos que são discalcúlicos são chamados de desatentos e preguiçosos quando possuem problemas quanto à assimilação e compreensão do que é pedido.

Também é de grande importância ressaltar que o distúrbio neurológico que provoca a discalculia não causa deficiências mentais como algumas pessoas questionam. O discalcúlico pode ser auxiliado no seu dia-a-dia por uma calculadora, uma tabuada, um caderno quadriculado, com questões diretas e se ainda tiver muita dificuldade, o professor ou colega de trabalho pode fazer seus questionamentos oralmente para que o problema seja resolvido. O discalcúlico necessita da compreensão de todas as pessoas que convivem próximas a ele, pois encontra grandes dificuldades nas coisas que parecem óbvias.

Trombose Venal Profunda


É o desenvolvimento de um coágulo de sangue, também conhecido como trombo, no interior de um vaso sangüíneo venoso, com provável reação inflamatória do vaso, podendo este ocasionar a obstrução venosa total ou parcial. Resultando em dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de estase ( feridas).

Tratamento

O tratamento da Trombose Venosa Profunda deve ser ministrado por um especialista, normalmente com a ajuda de anticoagulantes. Pois o principal objetivo do médico é de evitar que o quadro de TVP evolua para uma embolia pulmonar.

Prevenção

Nos casos em que as pessoas ficam acamadas por muito tempo ou em grandes cirurgias, deve-se fazer a prevenção com o uso de anticoagulantes. Já nos casos mais simples, basta fazer caminhadas, evitar ficar sentado ou deitado por muito tempo, não permanecer numa mesma posição por certo período, caso trabalhe sentado, deve-se levantar periodicamente, mas se trabalha em pé é interessante que faça periodicamente um alongamento. Essas medidas ajudam a prevenir este tipo de doença.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Asma


A asma é uma doença inflamatória crônica, que representa um problema de saúde pública com altos números de óbitos e elevado impacto socioeconômico. A patologia é caracterizada pela fase imediata, mediada pela resposta aguda de células inflamatórias, e a tardia, que é responsável pela resposta com envolvimento de células específicas do sistema imunológico. Atualmente, os principais tipos de fármacos utilizados no tratamento da asma são os broncodilatadores e agentes antiinflamatórios, que aliviam os sintomas de broncoespasmo e diminuem a inflamação das vias aéreas. Entretanto, terapias com esses medicamentos não são totalmente eficazes e provocam efeitos adversos. A escassez de fármacos seguros e o baixo acesso da população carente aos tratamentos utilizados estimulam a busca de novas substâncias potencialmente úteis no tratamento da asma. Produtos naturais de origem vegetal representam um grande potencial farmacológico contra asma, uma vez que podem fornecer moléculas diversas com mecanismos específicos para tratamento e controle da patologia. A busca por terapias mais eficientes e específicas para o processo asmático mostra que a procura nos produtos naturais é promissora e possui um papel importante para a descoberta de novas terapias contra a asma.

Síndrome de Burnout


A Síndrome de Burnout é uma doença psicológica caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional. Tal esgotamento ocorre por causa de grandes esforços realizados no trabalho que fazem com que o profissional fique mais agressivo, irritado, desinteressado, desmotivado, frustrado, depressivo, angustiado e que se avalia negativamente.

A pessoa que apresenta tal síndrome, além de manifestar as sensações acima descritas, perde consideravelmente seu nível de rendimento e de responsabilidade para com as pessoas e para com a organização que faz parte. Pode ocorrer em profissionais de diferentes áreas que possuem contato direto com pessoas. Também apresenta manifestações fisiológicas como cansaço, dores musculares, falta de apetite, insônia, frieza, dores de cabeça freqüente e dificuldades respiratórias.

A Síndrome de Burnout pode ser prevenida quando os agentes estressores no trabalho são identificados, modificados ou adaptados à necessidade do profissional, quando se prioriza as tarefas mais importantes no decorrer do dia, quando se estabelece laços pessoais e/ou profissionais dando-os importância, quando os horários diários não são sobrecarregados de tarefas, quando o profissional preocupa-se com sua saúde e quando em momentos de descontração assuntos relacionados ao trabalho não são mencionados.

O tratamento para a doença é variável, pois podem ser iniciados a partir de fitoterápicos, fármacos, intervenções psicossociais, afastamento profissional e readaptações. É importante ressaltar que a Síndrome de Burnout é diferente da depressão, pois a síndrome está diretamente ligada com situações ligadas ao trabalho, enquanto a depressão está ligada a situações pessoais relacionadas com a vida da pessoa.

Sindromo de Reye


A Síndrome de Reye é uma doença que afeta principalmente crianças, embora possa ocorrer em qualquer idade. Ela afeta todos os órgãos do corpo, mas é mais prejudicial ao cérebro e ao fígado, causando um aumento agudo de pressão dentro do cérebro e, freqüentemente, acúmulos volumosos de gordura nos demais órgãos. A Síndrome de Reye é definida como uma enfermidade de duas fases porque geralmente ocorre junto com uma infecção viral prévia, como gripe ou catapora. A desordem acontece normalmente durante a recuperação de uma infecção viral, embora também possa se desenvolver alguns dias depois do início da doença. Os cientistas afirmam que a Síndrome de Reye não é contagiosa e sua causa é desconhecida. Em função disto, a doença é muitas vezes erradamente diagnosticada como encefalite, meningite, diabete, overdose de droga, envenenamento, síndrome de morte infantil súbita ou doença mental.
"Os sinais e sintomas da Síndrome de Reye quase sempre começam abruptamente, normalmente 5 a 7 dias depois da enfermidade viral começar", explica Dr. Adriano Reis do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo. "A criança se sente nauseada, vomita constantemente e ocorrem mudanças nas funções mentais, tais como letargia, indiferença, ou confusão. Eventualmente a criança entra em delírio e começa a respirar rapidamente", salienta o médico. De acordo com o especialista, como os progressos da síndrome são rápidos, o respirar pode repentinamente ficar lento, a criança entrar em coma, e vir a morrer. Os sintomas aparecem em geral quando o paciente deveria estar se recuperando da infecção. No caso de ocorrerem os seguintes sintomas, estes devem ser considerados seriamente como sendo os primeiros possíveis sinais da Síndrome de Reye:

- Vômitos persistentes e contínuos

- Languidez - perda de animo e energia, sonolência

- Troca de personalidade (como irritabilidade e belicosidade)

- Desorientação (incapaz de identificar os membros da família)

- Delírio e convulsões

No entanto, os sintomas da síndrome em crianças não seguem um padrão típico. Vômitos, por exemplo, nem sempre acontecem.

sábado, 19 de setembro de 2009

Extra! Extra! Homem grávido da entrada no hospital


Falo de um homem, aqueles do sexo masculino, malacabados, que perambulam por ai. Tem um deles internado no hospital com hormônio da gravidez, HCG elevado. Como assim, gravidez?

Mas vocês não acreditam que possa ter um homem “grávido”? Com o mesmo hormônio, o beta HCG, encontrado em mulheres grávidas, elevado? Pode ter sim, e fizemos o exame de um ontem no laboratório! Puxem a cadeira, sente-se, que vou contar o ocorrido.

Dr. Roberto ligou para o laboratório perguntando se estávamos tendo Kit (Reagentes químicos) para fazer o beta HCG quantitativo, a secretária respondeu que no momento não estávamos realizando o exame quantitativo, somente o qualitativo. Ele, então, diz que vai pedir o teste de gravidez normal, o qualitativo que informa somente se é positivo ou negativo, de um senhor de 71 anos que dera entrada naquele momento no pronto socorro.

O sangue do paciente foi coletado e fomos fazer o exame, enquanto isso transferiram o paciente para o internamento da ala “A”.

Terminado, o exame foi digitado e a secretária se encarregou de levar o resultado do paciente até o internamento. Entregou à técnica de enfermagem. Ao sair à secretária ouve: Moça, moça, este resultado é de um homem, e isso é um teste de gravidez. Fez chacota: Ele nem tem barriga ainda, e deu positivo, está errado! A secretária pede para que ela ligue no laboratório e fale com o bioquímico, e sai.

No laboratório o telefone toca em poucos minutos. Era a técnica de enfermagem, com um ar sarcástico dizendo: Doutor tem aqui um resultado do paciente do 12-A, um senhor, com teste de gravidez positivo, como pode isso? – Explico moça:

Provavelmente vocês receberam o paciente neste momento e ainda não tiveram tempo para ler seu prontuário, lá vai constar que ele está com suspeita de câncer de testículo, sendo assim o médico do pronto socorro pediu um exame de alfafetoproteína e Beta-HCG no sangue, marcadores tumorais, neste caso do senhor do 12-A o beta-HCG positivo é parte do diagnóstico de câncer de testículo, que o Dr. Roberto está pesquisando.

Com ar de tristeza a moça pede desculpa, agradece e desliga.

Então, beta-HCG pode ser feito, e pode dar “positivo” em homens, não tendo relação nenhuma com gravidez, é claro.

Se a história não fosse trágica seria no mínimo cômico, pelo menos o problema do senhor do 12-A está diagnosticado e já foi instituído terapia medicamentosa e avaliação para cirurgia, ainda esta semana. Câncer de testículos foi um artigo recente e o caso deste senhor de 71 anos, não é freqüente, este tipo de câncer é encontrado mais em homens jovens entre 20 e 40 anos.

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Um teclado ideal para hospitais, clínicas e laboratórios


Estudos já comprovaram que teclados de computadores por serem manuseados freqüentemente por várias pessoas acabam sendo fontes de armazenamento e transmissão de bactérias, e se o local onde este teclado se encontra for um hospital ou outro ambiente da área da saúde poderá representar risco de infecção aos pacientes ali atendidos.

O contato com o teclado e posterior manuseio de pacientes, equipamentos ou materiais envolvidos no cuidado com o doente, pela equipe de saúde, certamente trará risco de infecção hospitalar, e uma das bactérias encontradas nos teclados é a Staphylococcus aureus, causadora de numerosas mortes por infecção adquiridas no próprio hospital.

A empresa BHS – Brasil Health Service possui uma solução para este caso, o teclado de silicone – “dust free“, ele é maleável, fácil de ser higienizado pelos produtos de limpeza de uso hospitalar.

A CCIH – comissão de controle de infecção hospitalar, agradece e os pacientes principalmente.

Clínicas, hospitais, laboratórios, consultórios dentários, e outros estabelecimentos de saúde podem solicitar este teclado médico de silicone para manterem seus locais de trabalho com menos risco de infecção.

Toda novidade tecnológica que traga benefícios ao paciente é digna de nota.

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Alerta: Pílula do dia seguinte – banalização e incerteza


Conhecida como pílula do dia seguinte, pílula de emergência, pílula do aborto, pílulas pós-coitais, tem seu uso banalizado, a dose até dez vezes maior que os anticoncepcionais, pode levar a alterações cromossômicas em gerações futuras.
No início era indicada apenas para prevenir a gravidez em casos de violência sexual e acidentes com o rompimento do preservativo, evitando-se assim gestações indesejadas.
O seu uso está basicamente fundamentado na tomada de um comprimido assim que conveniente (ideal em menos de 24 horas), mas não mais que 72 horas após o coito desprotegido. Já o segundo comprimido deve ser tomado 12 horas após a primeira dose e desta maneira sua eficácia situa-se em torno de 96 a 98%. Quanto mais tarde tomado menor será seu efeito.
Duas posições a respeito do caráter abortivo do medicamento, a primeira considera que uma das ações do fármaco é exercida após a fecundação, impedindo a implantação do óvulo, assim a pílula seria abortiva, a segunda não o considera como abortivo ao dizer que a principal ação do mesmo é a nível de impedir a fecundação do óvulo.
Independente de teorias e proposições, o maior problema é que seu uso não está sendo para os princípios aos quais foi produzido, passando a ser comprado e usado indiscriminadamente por jovens que o consideram um método anticoncepcional de uso rotineiro.
Sabemos que o objetivo do uso da pílula do dia seguinte não é este, e isso começa a trazer transtornos para a saúde das usuárias que tomam freqüentemente o medicamento, causando desarranjos no sistema circulatório chegando a surgir em alguns casos trombose (um coágulo dentro do vaso sanguíneo impedindo o fluxo normal do sangue), irregularidades menstruais, além disso, pode ocorrer surgimento de acnes, náuseas, dores nas mamas, vômitos como efeitos colaterais.
Alguns estudos também apontam que com seu uso a mulher poderá enfrentar problemas futuramente quando quiser engravidar.
Outro fator importante é que ao aderirem à pílula de emergência, possam acreditar que não é necessário uso de camisinha já que vão tomar o medicamento, o que certamente irá levar a um aumento do número de casos de doenças sexualmente transmissíveis, como a chlamydia (sabidamente associada a casos de esterilidade), vírus HIV, HPV (casos de cancro uterino).
Alguns nomes comerciais destes medicamentos que estão a venda nas farmácias, sendo que o preço varia muito. Postinor 2 (Laboratório Aché); Diad (Laboratório Simed); Pilem (Laboratório União Química); Pozato (Laboratório Libbs); Minipil2-Post (Laboratório Sigma Pharma); Poslov (Laboratório Cifarma).
Vários destes nomes passam a idéia de que deve ser usado toda vez que tiver relação sexual, como exemplo o poslov – pos (após) Love (amor em inglês); Diad (dia D) e assim por diante, a Anvisa não deveria permitir registro destes medicamentos com estes nomes que criam uma falsa sensação de que não existem problemas no uso do mesmo e que pode ser tomado freqüentemente.
O uso de uma substância química pode ser maléfico ou benéfico ao organismo, vai depender da dose, sabemos que a pílula do dia seguinte contém uma alta concentração de hormônio (quatro a dez vezes mais), diferente de quando é usada como anticoncepcional de uso diário com doses menores e controladas, desta maneira não estaria o medicamento desenvolvendo alterações orgânicas na próxima gravidez ou em futuras gerações?

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Celulares – Confirmado, interferem no funcionamento de equipamentos médico hospitalares


Estudo recente comprova que celulares, principalmente smartphones atuais, interferem na ação de equipamentos de UTI, odontológicos, imaginológicos, fisioterápicos e laboratoriais. Incidentes foram registrados por interferências das ondas eletromagnéticas dos telemóveis de segunda (GPRS) e terceira (UMTS) geração. Conforme estudo holandês publicado no jornal “Critical Care”.
De acordo com a pesquisa, as ondas eletromagnéticas emitidas pelos telefones móveis interferem no funcionamento dos equipamentos médicos, o que pode representar um risco aos pacientes.
A distância confiável, para manter os celulares afastados dos equipamentos para não causarem interferências danosas, seria de um metro e meio.
Em estudo anterior, aqui no Brasil, desenvolvido por Suzy Cristina Cabral, tecnóloga em saúde, (Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (Feec) da Unicamp) que realizou pesquisa na UTI pediátrica do (HC) e na UTI neonatal do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), este último também da Unicamp, constatou-se que, em uma área de 1,5 metros, o celular interfere no funcionamento dos equipamentos médicos, entre eles bomba de infusão (administra medicamentos aos pacientes), que podem passar a liberar quantidade de fármacos diferente daquela previamente programada.
Pesquisas antigas apontavam que equipamentos médicos poderiam realmente sofrer danos pela ação das ondas liberadas pelos celulares, novas pesquisas confirmam os resultados anteriores.
Não é necessário muito conhecimento técnico para observamos que os aparelhos celulares mais recentes influenciam em televisores e outros eletrônicos próximos, conseqüentemente equipamentos médicos clínicos e apoio diagnóstico, muito mais sensíveis às variações de correntes elétricas, também são afetados. É necessário um controle mais rigoroso. Nos hospitais que conheço, público e privado, os médicos, enfermeiras e técnicos usam seus telemóveis regularmente e sem manter distância de segurança. Através de alguns contatos que realizei, detectei que apenas alguns hospitais das grandes capitais possuem determinações mais rígidas, no sentido de evitar esta prática.

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Mudam as regras para bulas de remédios


A Anvisa apresenta hoje as novas regras para as bulas de medicamentos, entre as medidas tomadas para tornar a bula uma verdadeira fonte de informação, e não uma lista de nomes complicados e texto sem objetividade, estão regras para o tamanho da letra, não será mais necessário usar lupa, a letra será maior.
Os textos, sempre muito complicados para leigos, os verdadeiros interessados na leitura, devem ter informações mais clara, sem aquele monte de nomes técnicos, usados na maioria das vezes para confundir e não esclarecer. Outra mudança está relacionada a padronização dos textos. A adequação para deficientes visuais também estará contemplada nas novas regras.

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fenilcetonúria...


A fenilcetonúria é uma doença relacionada a uma alteração genética rara (herdada) que envolve o metabolismo de proteínas. Em geral, quando uma pessoa ingere comidas que contêm proteína, as enzimas quebram estas proteínas em aminoácidos, que são peças que irão formar as proteínas, importantes ao nosso corpo, participando do processo normal de crescimento. Uma pessoa com fenilcetonúria não tem a quantidade normal de uma enzima específica (fenilalanina hidroxilase hepática) para quebrar o aminoácido fenilalanina. Por isso, qualquer comida que contenha fenilalanina não pode ser digerida corretamente e ela se acumula no organismo, causando problemas no cérebro e em outros órgãos.
Ainda não se tem a cura medicamentosa, mas é possível tratar a fenilcetonúria desde que o diagnóstico seja feito precocemente, evitando-se graves conseqüências no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central.
A lesão resultante do acúmulo de fenilalanina pode começar logo que o bebê nasce e, se não for detectada e tratada, acarreta retardo mental grave, ataques epiléticos e hiperatividade. Para nascer com fenilcetonúria, um bebê tem que ter herdado o gene da fenilcetonúria de ambos os pais. Freqüentemente, os pais não sabem que carregam o gene.


Diagnóstico

A fenilcetonúria afeta aproximadamente 1 em cada 12.000 recém-nascidos no Brasil.
Hoje em dia os recém-nascidos habitualmente fazem o exame para detecção da fenilcetonúria por volta do 7° ao 10° dia depois do nascimento. O programa de triagem foi considerado obrigatório em todo Brasil desde 1990 pela lei 8069 de 13/07/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente, onde a fenilcetonúria pode ser diagnosticada e tratada, possibilitando às crianças ter um desenvolvimento normal, sem os problemas neurológicos causados pela doença. Uma quantidade muito pequena de sangue é tomada por uma picada no calcanhar do bebê (teste do pezinho). Se forem encontradas quantidades anormalmente altas de fenilalanina no sangue, exames complementares podem ser necessários para firmar o diagnóstico.

Adrenoleucodistrofia


É um Distúrbio hereditário do metabolismo dos ácidos graxos que afeta as glândulas adrenais, o sistema nervoso e os testículos.
A adrenoleucodistrofia é transmitida como um característica ligada ao cromossoma X, e acredita-se que sua incidência seja ligeiramente superior a 1 em cada 100.000 pessoas. O defeito metabólico é o acúmulo de ácidos graxos de cadeia longa no sistema nervoso, nas glândulas adrenais e nos testículos, onde o material acumulado interrompe a atividade normal. Existem várias formas diferentes da doença. A mais grave é a forma cerebral infantil, que aparece em meio à infância. As demais formas aparecem durante a adolescência. Aproximadamente um terço das pessoas afetadas desenvolve sintomas neurológicos, enquanto todas desenvolvem uma função adrenal anormal.

Na forma infantil, os primeiros sintomas abrangem hiperatividade, dificuldade na escola, dificuldade para compreender a comunicação verbal, deterioração da escrita, olhos vesgos (estrabismo) e possíveis convulsões. À medida que a doença avança aparecem novos sinais de danos na substância branca do cérebro que incluem alterações no tônus muscular, rigidez e deformidades por contratura, dificuldade de deglutição e coma.

Outro componente importante presente em todas as formas de adrenoleucodistrofia é o desenvolvimento bastante significativo de uma função adrenal deficiente (semelhante à doença de Addison), que pode ser tratada de forma adequada com corticosteróides.

Distrofia Muscular de Duchenne






Normalmente, a distrofia muscular de Duchenne manifesta-se pela primeira vez em meninos com idade entre três e sete anos, caracterizando-se, no começo, pela atrofia dos membros inferiores e pélvicos, com parésia primeiramente proximal e depois distal. Com isso, nota-se que a criança passa a ter dificuldades na locomoção até mesmo no que se refere a actividades quotidianas, como levantar-se, correr, subir escadas, entre outras, apresentando quedas frequentes. Com o progredir da doença ocorre comprometimento dos músculos dos membros superiores. Os gastrocnémios das crianças afectadas encontram-se já pseudo-hiperatrofiados no início da doença. Isso acontece porque as fibras musculares necrosadas vão gradualmente substituídas por tecido adiposo, dando um aspecto falsamente hipertrofiado à região. À medida que os músculos enfraquecem, eles também aumentam de volume, mas o tecido muscular anormal não é forte. À medida que a doença evolui, o grau de atrofia muscular e sua extensão aumentam.

Apresentam ,às vezes, atrofia facial embora a fala, deglutição e os músculos oculares extrínsecos sejam, normalmente, preservados. Hiporreflexia patelar e aquileu são sinais que aparecem o tempo.
Em 90% dos meninos com distrofia muscular de Duchenne, o miocárdio também aumenta de volume e enfraquece, causando distúrbios do ritmo cardíaco, por volta da adolescência (que são detectados no electrocardiograma). Comprometimento dos músculos respiratórios ocorre também apartir desta idade. Os músculos dos membros superiores e inferiores podem apresentar contracturas em torno das articulações, impedindo a extensão completa dos cotovelos e dos joelhos. Apresentam alterações da coluna -lordose- para equilibrar o corpo e, posteriormente cifoescoliose devido à atrofia da musculatura paravertebral e como consequência das alterações musculares das pernas. Em torno dos 10 ou 12 anos de idade, a maioria das crianças com essa doença encontra- se confinada a uma cadeira de rodas. O aumento da fraqueza também as torna susceptíveis à pneumonia e a outras doenças. A doença pode, por vezes, afectar também o cérebro do indivíduo conduzindo a uma perda de QI de cerca de 20 pontos. Por volta dos vinte anos de idade, a insuficiência respiratória evolui devido à atrofia do músculo diafragma, passando a necessitar de assistência ventilatória constante. A invalidez total e o óbito em idade jovem ocorrem na totalidade dos casos, uma vez que os tratamentos disponíveis se limitam a reduzir modestamente a morbilidade dos pacientes, sem qualquer repercussão sobre a mortalidade.

Síndrome de Marfan


A Síndrome de Marfan é uma doença do tecido conjuntivo descrita por um pediatra francês, Antoine Bernard-Jean Marfan, em 1896. Com este primeiro relato e outros subseqüentes, ficou estabelecido que se tratava de uma doença genética com transmissão autossômica dominante, com expressividade variável intra e inter familial, sem predileção por raça ou sexo, que mostra uma prevalência de 1/10.000 indivíduos. Aproximadamente 30% dos casos são esporádicos e o restante familiar.

Em outras palavras, sabemos que a doença é genética porque podem existir várias pessoas afetadas na família e denomina-se autossômica dominante porque apenas uma mutação em um dos alelos é necessária para ocorrerem as manifestações clínicas. Todos nós temos 46 cromossomos (o conjunto de material genético), ou seja, 23 pares de cromossomos, um herdado da mãe e o outro do pai. Esses pares de cromossomos são iguais e os genes ocupam sempre o mesmo lugar em ambos. Cada gene que ocupa o mesmo lugar é chamado de alelo. Assim, uma mutação (alteração no código genético) em apenas um dos alelos é necessária para observarmos as características clínicas em uma doença autossômica dominante. Esta mutação pode ter sido herdada, e então ou o pai ou a mãe deve ter manifestações clínicas também, ou ter acontecido pela primeira vez, à qual chamamos de mutação nova. Uma vez portador da mutação e das características clínicas a chance de transmiti-la para os filhos é de 50%.

A Síndrome de Marfan tem um quadro clínico muito variado observado em uma mesma família e em famílias diferentes. A este fato chamamos de expressividade variável e ele é importante porque nem sempre um indivíduo afetado tem todas as características clínicas. Por isso é necessário examinar cuidadosamente os pais e os familiares próximos. Da mesma forma que um indivíduo discretamente afetado pode vir a ter um filho muito acometido, ou vice-versa.

As principais manifestações clínicas da doença concentram-se em três sistemas principais: o esquelético, caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos alongadas e deformidade torácica; o cardíaco, caracterizado por prolapso de válvula mitral e dilatação da aorta; e o ocular, caracterizado por miopia e luxação do cristalino. A essa possibilidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.

Sabendo que um determinado gene seria o responsável por estas manifestações clínicas e que um gene sempre comanda a fabricação de uma proteína, os pesquisadores se concentraram em descobrir que proteína seria comum aos ossos, olhos e coração, e no final dos anos 80 descobriram a existência de uma proteína chamada fibrilina, que faz parte do tecido de sustentação dos órgãos. Ela está presente em grande quantidade nos ligamentos que unem os ossos nas articulações e seguram as lentes dos olhos, chamadas de cristalino, assim como na camada interna das artérias, principalmente da maior artéria do corpo humano, chamada de aorta.

Síndrome de Williams-Beuren (SWB)


A Síndrome de Williams, ou Síndrome Williams-Beuren, é uma desordem genética, raramente com manifestação hereditária, e que ocorre em aproximadamente uma criança a cada dez a vinte e cinco mil nascimentos; apresentando impactos nas áreas comportamental, cognitiva e motora. Descrita na década de sessenta, ocorre em ambos os sexos e grupos étnicos, e nem sempre é diagnosticada com facilidade.

Tais pessoas, na maioria dos casos, apresentam alterações no lócus do gene da elastina, em um braço do cromossomo sete. A diminuição desta proteína, portanto, justifica o porquê de geralmente apresentarem alterações cardiovasculares, voz rouca, genitália pequena, face característica, necessidade frequente de urinar, e envelhecimento prematuro. Aproximadamente outros trinta genes, deste mesmo cromossomo, resultam nas outras características atribuídas à síndrome.

Suas faces tendem a seguir certos traços, como nariz pequeno e empinado, lábios grandes, dentes pequenos, bochechas proeminentes, lábios grossos e queixo pequeno; apresentando-se sempre sorridentes. Apesar de nascerem com peso mais baixo, e terem crescimento mais retardado, a puberdade geralmente se inicia mais cedo.

Portadores desta síndrome, apesar de demorarem um pouco mais a falar, se expressam de forma bastante articulada e fluente, sendo muito sociáveis, entusiasmados e comunicativos. Têm dificuldades em reconhecer ironias ou intenções não verbais de outras pessoas. As crianças tendem a apresentar maior facilidade em lidar com adultos do que com pessoas da sua idade.

Geralmente utilizam frases estereotipadas, gravam com facilidade nomes de pessoas e locais, e tendem a ter comportamento ansioso e hiperativo. Têm medo de altura e superfícies irregulares, possuem dificuldade de locomoção e equilíbrio, e também dificuldades de aprendizagem, principalmente no que diz respeito a cálculos numéricos e orientação espacial. Considerando que a maioria dos educadores não é devidamente preparada para lidar com alunos em condições especiais, tais dificuldades podem se apresentar bem maiores do que são, de fato.

Por serem hipersensíveis a sons, podem se assustar com determinados ruídos e barulhos; mas, em contrapartida, possuem grande facilidade e desenvoltura com a música.


Diagnóstico:

Em muitos casos, a análise clínica do paciente já oferece resultados conclusivos. Entretanto, pode ser necessária a realização de exames de cariótipo dos glóbulos brancos e análise dos genes da elastina e L1Mquinase por uma técnica conhecida como FISH.


Como lidar com o portador?

A Síndrome de Williams não tem cura. Entretanto, o diagnóstico precoce e acompanhamento desde criança permitem com que determinados aspectos cognitivos, comportamentais e motores sejam trabalhados, oferecendo excelentes resultados.

Estimulados e treinados desde a infância, são capazes de conquistar relativa autonomia e, inclusive, exercerem uma profissão. Na escola e em casa, a criança pode acompanhar juntamente com outras de sua idade aquilo que é capaz de acompanhar, sendo necessário atendimento diferenciado somente em situações nas quais seu aprendizado necessite deste tipo de ajuda.

Além disso, o acompanhamento precoce permite o alívio de sintomas e prevenção de doenças cujos portadores se apresentam pré-dispostos. Assim, pode ser importante a realização periódica de exames cardiológicos, de audição, visão e de dosagem de cálcio; acompanhamento de peso e nutricional (já que 30% dos adultos com esta síndrome tendem a ser obesos); avaliação de problemas digestivos e urinários, ortopédicos, neurológicos e odontológicos.

Tosse


A tosse, uma das queixas mais frequentes em consultórios pediátricos, é geralmente uma reação do organismo a irritações causadas pela presença de secreções ou corpos estranhos, como fumaça, poeira, bactérias e fungos; protegendo o sistema respiratório. Tabagismo, asma, enfisema pulmonar, bronquite, hiper-reatividade dos brônquios, infecções no sistema respiratório, alergias, refluxo, inalação de ar com temperaturas extremas, sinusite, exposição a substâncias irritantes, tumores, transtornos psiquiátricos, tuberculose, determinados medicamentos, dentre outros, podem causá-la.

Existem dois tipos de tosse: a tosse seca e a produtiva. A primeira pode vir acompanhada de falta de ar; e a segunda se caracteriza pela presença de secreção, o que geralmente significa que os pulmões se encontram inflamados. Assim, eliminá-la nem sempre é uma boa ideia, já que seu objetivo é justamente o de liberar a secreção excedente.

A tosse pode também ser do tipo aguda, quando dura em média duas semanas; e crônica, apresentando secreção amarelada, chiado no peito, febre e cansaço - com duração de mais de duas semanas. Nesta última situação, é necessário que se procure um médico, a fim de verificar as causas deste processo. Tosse seca, forte e que provoca falta de ar; quadro febril associado; e tosse que ocorre durante todo o dia e piora à noite também devem ser investigadas pelo médico. Além do exame físico, este profissional pode fazer algumas perguntas com a finalidade de identificar o problema.

De acordo com a causa, pode ser necessário o tratamento, que geralmente tem como objetivo tratar da causa, e não da tosse em si.


Dicas:

Em casos de tosse, ingira bastante líquidos, preferencialmente quentes. Eles hidratarão a mucosa e trarão alívio sintomático. Além disso, procure ficar em locais bem ventilados e úmidos. Fique atento se a secreção da tosse produtiva se apresentar com coloração amarela, esverdeada, marrom ou vermelha, pois podem indicar irritações mais graves.

Bruxismo


O bruxismo consiste no movimento involuntário dos músculos da mastigação, causando atrito entre os dentes. Estes deslocamentos ocorrem, geralmente, no período noturno, se manifestando como um esfregamento ou apertamento das arcadas dentárias. Dor, desconforto e desgaste dos dentes; aumento da sensibilidade nos dentes desgastados; ruído ou estalo articular e zumbido nos ouvidos são seus sintomas.

Ele ocorre em aproximadamente 15% das crianças, e em menos de 5% dos indivíduos adultos, indicando que, à medida que as pessoas envelhecem, estas taxas se reduzem. Sua prevalência é igual para ambos os sexos.

Além de atrapalhar o sono do indivíduo e de outras pessoas devido ao som que causa, estes movimentos podem causar dores locais e de cabeça, devido à contração de vários músculos da face, com força até 10 vezes maior do que a usada para mastigar alimentos mais duros, como a carne. O desgaste considerável do esmalte dos dentes, com comprometimento dos tecidos ao redor destes, articulações, vasos e nervos pode ocorrer, comprometendo, inclusive, a estética bucal.

O bruxismo ocorre em pessoas cuja arcada dentária ou dentes estão em conformação incorreta. Assim, o uso de aparelhos ortodônticos, orientação mastigatória, fisioterapia e ajustes na oclusão são as medidas mais utilizadas em seu tratamento. Distúrbios emocionais, como a ansiedade e estresse, intensificam o quadro, mas não são a causa.

Para diagnóstico, polissonografias (exames do sono) são, na maioria dos casos, necessárias, até mesmo para identificar o grau desses movimentos e para que sejam feitas as medidas terapêuticas mais adequadas.

TPM (Tensão Pré-Menstrual)


A tensão pré-menstrual é uma síndrome que atinge as mulheres nos dias que antecedem a menstruação. O conjunto de sintomas físicos e comportamentais, que ocorre em um quadro de TPM, influencia de forma significativa a vida da mulher. Estes sintomas ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual e desaparecem logo após a menstruação.

A tensão pré-menstrual é muito complexa por envolver não somente sintomas físicos, mas também psicológicos e emocionais, porém entende-se que é provocada pelas mudanças nos níveis de progesterona e estrogênio, e estas interferem no sistema nervoso central.

Os sintomas mais comuns da TPM são cefaléia, retenção de líquidos, cansaço, ansiedade, depressão, desejo por doces e chocolates, irritabilidade, inchaço, dor nas mamas e aumento de peso. Quando os sintomas influenciam nas atividades habituais da mulher, mudando sua rotina, a TPM pode ser considerada como doença.

Algumas medidas de prevenção podem ser tomadas para amenizar os sintomas, como diminuir a gordura, sal, cafeína, açúcar e bebidas a base de colas; procurar manter uma dieta rica em cálcio, magnésio e carboidratos, como cereais integrais; e praticar exercícios, pois eles tendem a melhorar o humor.

Gagueira


A gagueira ou disfemia é um distúrbio ou transtorno de linguagem que faz com que a pessoa repita sílabas e faça pausas durante a pronúncia de uma palavra. Tal transtorno além de dificultar a comunicação da pessoa faz com essa se sinta diferente das outras, diminuindo seus diálogos dentro e fora de casa.

Inicia-se entre 2 e 5 anos de idade com uma gagueira normal, já que falam há pouco tempo e não se sentem seguros ao pronunciar frases montadas. Nessa fase é que a gagueira pode ser fixada (caso seja psicológica). Não se sabe ao certo as causas para este distúrbio que pode ter ligações a fatores genéticos, psicológicos e neurológicos.

A gagueira genética é provocada por uma disfunção de áreas cerebrais responsáveis pela fala ou por alterações estruturais nestas áreas. A gagueira psicológica é adquirida, ou seja, desenvolve quando a pessoa tem pais ansiosos, exigentes e agressivos, quando a pessoa passa por momentos traumáticos como acidentes, assalto, estupro, etc., problemas insuportáveis que geram conflitos interiores e outros que são liberados na hora de falar. A gagueira neurológica é mais rara, porém pode ser detectada facilmente, pois esta é a única forma de gagueira que não melhora ao cantar, ao interpretar ou ao mudar a tonalidade de voz.

A gagueira classificada como psicológica deve ser tratada com um psicanalista que estudará o caso e aplicará o tratamento adequado. Já a gagueira genética e neurológica deve ser tratada com um fonoaudiólogo que deverá fazer uma avaliação e logo após iniciar terapias planejadas.

Alzheimer


Demência é uma disfunção cerebral gradativa e persistente que consiste na deterioração intelectual do indivíduo ao longo do tempo, atacando de forma irreversível determinadas regiões do cérebro. A doença de Alzheimer é a causa mais freqüente, ocorrendo em aproximadamente 60% dos casos de demência, e consiste no depósito de determinadas proteínas no cérebro.

Como se trata de perdas progressivas e é bastante freqüente entre idosos, muitas vezes não é percebida em seu estágio inicial, sendo confundida como processos normais do envelhecimento. Pequenos esquecimentos, sinais de depressão, dificuldades com a linguagem, confusão mental e, algumas vezes, agressividade fazem parte dos sintomas iniciais.

Um estágio intermediário consiste em dificuldades de desempenhar atividades normais do dia-a-dia, esquecimento de acontecimentos recentes, alterações de humor e maior dificuldade na comunicação verbal, desencadeando, após algum tempo, em uma dependência mais severa e acentuação dos sintomas, podendo, inclusive, não reconhecer pessoas, situações e objetos conhecidos. Devido a estas características, há um impacto muito grande na vida destas pessoas e nas que convivem com elas.

O diagnóstico propriamente dito é feito apenas via necropsia, após a morte, em exame dos tecidos cerebrais. Assim, as manifestações, história de vida do paciente e exames físicos e mentais, excluindo outros fatores que poderiam desencadear nos mesmos sintomas (infecções, depressão, tumores cerebrais, problemas tireoidianos, etc) é que indicarão a doença. É importante ressaltar que o tratamento precoce atrasa o desenvolvimento da doença, fornece melhoras na memória e na qualidade de vida e convivência do doente com as pessoas que o cercam.

Como é irreversível, suas causas reais ainda não são bem elucidadas. O tratamento farmacológico enfoca o bloqueio da evolução da doença, controle dos distúrbios comportamentais e correção do equilíbrio químico do cérebro, a fim de melhorar o déficit de memória.

Sabe-se, atualmente, que altos níveis de açúcar e colesterol no sangue podem ter relação forte com a doença e que pessoas solitárias têm o dobro de risco de desenvolverem o mal de Alzheimer. É, também, conhecido que a ingestão de vitamina E reduz o risco de morte em aproximadamente 25%, exercícios físicos, chá verde e uma dieta rica em frutas, verduras, cereais, feijão, nozes e sementes previnem o surgimento de demências.

Apesar de irreversível e incurável, cuidados específicos buscando melhorias na qualidade de vida dos portadores e de seus cuidadores devem ser feitos, lembrando que a sobrecarga destes últimos é um risco para ambos. Planejamento em conjunto acerca das tarefas, horários e contribuições incluindo todos os envolvidos são medidas que devem ser feitas para tal fim.

A Pele e o Sol


Vivemos num país tropical, que, portanto, recebe altas taxas de radiação solar durante todo o ano. Com isso, a população brasileira, no trabalho no campo ou no lazer em clubes e praias, está sujeito a longos períodos de exposição ao sol.

De um lado, sabemos que exposições moderadas ao sol, nas primeiras horas da manhã e nas últimas horas da tarde, são uma prática saudável, pois ativam a circulação sanguinea periférica e possibilitam a síntese de vitamina D na pele. Isso é importante, especialmente em crianças e jovens, pois a vitamina D (anti-raquítica) é indispensável para uma boa ossificação e, portanto, para um crescimento normal.

Por outro lado, devemos considerar os danos, a curto e a longo prazo, causados pelo abuso dos “banhos de sol” justamente no verão, quando a natação, os passeios e os esportes ao ar livre podem comprometer a saúde das crianças e de adultos mais sensíveis. Nessa época, o organismo transpira mais, para equilibrar a temperatura interna, e o excesso de transpiração pode provocar a desidratação. Além disso, a exposição de cabeça não-protegida pode levar a um sério quadro de insolação, coma e até à morte. É, portanto, uma grava agressão ao corpo deitar-se horas sob sol forte sem proteger ao menos a cabeça.

A longo prazo, esse hábito é extremamente danoso à pele, que vai se tornando ressecada, manchada e com perda de elasticidade. Em conseqüência, ela sofre um envelhecimento precoce, com aumento de rugas, especialmente em pessoas de cútis mais clara, com pouco pigmento protetor, a melanina.

Um exemplo desse fato são os colonos de pele clara que emigraram da Europa e seus descendentes, que se fixaram em algumas cidades do Espírito Santo. Entre eles, é elevada a porcentagem de ocorrência de câncer de pele, quando comparados a outras populações brasileiras.

Pessoas menos informadas cientificamente poderão dizer que a exposição da pele ao sol forte, quando protegida por “filtros solares”, bronzeadores e outros produtos (às vezes não-aprovados por órgãos oficiais de saúde pública), não traz esses riscos. É claro que esses produtos podem realmente escurecer a pele protegendo-a um pouco mais, mas devemos ter cuidado com as “fórmulas-mágicas” que tem provocado até sérias lesões na pele.

No entanto, não podemos esquecer que os filtros não impedem totalmente a passagem dos perigosos raios ultravioleta, que têm maior poder de penetração q que são justamente os mais prejudiciais, pois atingem as camadas vivas e mais profundas da pele.

Devemos considerar ainda que o excesso de luz pode causar mal-estar geral, dor de cabeça e febre, além das dolorosas queimaduras. Uma pele assim maltratada fica muito mais sensível e vulnerável a outros agentes nocivos do ambiente, inclusive microorganismos patogênicos (bactérias e fungos).

Será que vale a pena sujeitar-se a esses riscos, apenas por questão estética? Pense nisso no próximo verão e não queira tomar todo o sol a que “tem direito” num único dia. Cuide-se. Dê tempo de adaptação à sua pele para que ela o proteja bem, bronzeando-se moderadamente ao longo de alguns dias.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009



O preservativo masculino ou camisinha é uma capa de borracha (látex) que, ao ser colocada sobre o pênis, evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e do vírus causador da aids, o HIV. A camisinha pode também evitar a gravidez, agindo assim como um eficiente método contraceptivo.

Passo a passo:

* Sempre coloque a camisinha antes do início da relação sexual;
* Coloque a camisinha quando o pênis estiver duro;
* Encaixe a camisinha na ponta do pênis, sem deixar o ar entrar;
* Vá desenrolando até que ele fique todo coberto;
* Não deixe a camisinha ficar apertada na ponta do pênis - deixe um espaço vazio na ponta da camisinha que servirá de depósito para o esperma;
* Aperte o bico da camisinha até sair todo o ar, mas cuidado para não apertar com muita força e estragar a camisinha;
* Se ela não ficar bem encaixada na ponta, ou se ficar ar dentro, a camisinha pode rasgar.



USE CAMISINHA..... ISSO É FATO

HTLV


O vírus HTLV (sigla na língua inglesa que indica vírus que infecta células T humanas) é um retrovírus isolado em 1980 a partir de um paciente com um tipo raro de leucemia de células T. Apresenta dois tipos: HTLV-I, que está implicado em doença neurológica e leucemia, e HTLV-II, o tipo 2, que está pouco evidenciado como causa de doença.

Sinais e sintomas

Cerca de 99% das pessoas portadoras do HTLV-I nunca desenvolverão qualquer problema de saúde relacionado ao vírus HTLV. Entretanto, alguns pacientes podem desenvolver problemas neurológicos. Geralmente, começam a se queixar de dores nos membros inferiores (panturrilhas), na região lombar (parte inferior da coluna lombar), e apresentam dificuldade em defecar ou urinar. Estes sintomas são sempre progressivos e estão na região abaixo da linha do umbigo.

A minoria dos portadores sem sintomas poderão desenvolver alguma doença. No Japão, por exemplo, 14 em cada 1500 portadores assintomáticos poderão desenvolver uma doença neurológica (dificuldade de andar). No caso de leucemia o risco é ainda menor: um em cada 10.000 portadores do HTLV poderá desenvolvê-la ao longo da vida.

Formas de contágio

O HTLV possui as mesmas rotas de transmissão que outros vírus como o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o vírus da hepatite C (HCV): pela relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada; uso em comum de seringas e agulhas durante o uso de drogas; da mãe infectada para a o recém-nascido (principalmente pelo aleitamento materno).

Prevenção

Recomenda-se o uso de preservativo todas as relações sexuais.

Tratamento

Como o risco do desenvolvimento da doença associado ao HTLV-I é muito baixo, não existe indicação de tratamento nos casos assintomáticos, até este momento. Os casos onde existem sintomas comprovados de doença associada ao HTLV-I, como paraparesia espástica tropical (TSP), uveíte, ATL, entre outras, o tratamento irá depender de uma avaliação neurológica, assim como estadiamento do grau de comprometimento, tempo de evolução, presença de outras infecções virais etc.

Tricomoníase


Infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode se hospedar no colo do útero, na vagina e/ou na uretra.

Sinais e Sintomas

Muitas mulheres infectadas pelo Tricomonas podem não sentir nenhuma alteração ou reação. Quando os sintomas surgem, esses são, principalmente, corrimento amarelo-esverdeado, com mau cheiro, dor durante o ato sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. Na mulher, a doença pode também se localizar em partes internas do corpo, como o colo do útero. A maioria dos homens não apresenta sintomas. Quando isso ocorre, consiste em uma irritação na ponta do pênis.

Formas de contágio

O contágio se dá através de secreções, durante contato sexual desprotegido com parceiro contaminado.

Prevenção

Uso de preservativo em todas as relações sexuais, vaginais, orais ou anais.

Tratamento

O tratamento é feito com antibióticos e quimioterápicos. Parceiros sexuais devem ser tratados ao mesmo tempo. Pessoas em tratamento devem suspender relações sexuais até que o tratamento esteja completo e os sintomas tenham desaparecido.

Em homens, os sintomas podem desaparecer dentro de algumas semanas, mesmo sem o tratamento. No entanto, mesmo sem nunca ter apresentado sintomas, pode continuar infectando seus parceiros, até que seja tratado.

Como outras DST, caso não seja tratada, a tricomoníase aumenta a probabilidade de uma pessoa ser infectada ou infectar a outros com o vírus da aids, o HIV. Pode também gerar complicações durante a gravidez, ocasionando ruptura da bolsa antes da hora, parto prematuro e nascimento de bebê com peso baixo.

Herpes


É uma doença que aparece e desaparece sozinha, de tempos em tempos, dependendo de certos fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo e menstruação. Nas mulheres, o herpes pode também se localizar nas partes internas do corpo. Uma vez infectada pelo vírus da Herpes simples, a pessoa permanecerá com o vírus em seu organismo para sempre.

Sinais e Sintomas
Manifesta-se através de pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam coceira intensa. Ao se coçar, a pessoa pode romper a bolha, causando uma ferida.

Formas de contágio
O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) desprotegida (sem uso da camisinha). Essa doença é bastante contagiosa e a transmissão ocorre quando as pequenas bolhas, que se formam durante a manifestação dos sintomas, se rompem, ocasionando uma ferida e eliminando o líquido do seu interior. Esse líquido, ao entrar em contato com mucosas da boca ou da região ano-genital do parceiro, pode transmitir o vírus. Raramente a contaminação se dá através de objetos contaminados.

As feridas desaparecem por si mesmas. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas. Enquanto persistirem as bolhas e feridas, a pessoa infectada estará transmitindo a doença. Na presença dessas lesões, a pessoa deve abster-se de relações sexuais, até que o médico as autorize.

Prevenção
Uso de preservativo em todas as relações sexuais, vaginais, orais e anais.

Tratamento
A herpes é altamente transmissível. Por isso, a primeira orientação aos pacientes sempre diz respeito aos cuidados locais de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto com outras pessoas e não furar as bolhas sob nenhum pretexto são recomendações importantes.

O tratamento é feito com medicamentos antivirais, por via oral e tópica, e tem como objetivo encurtar a duração dos sintomas, prevenir as complicações e diminuir os riscos de transmissão, pois o vírus não pode ser completamente eliminado.

Gonorréia


A gonorréia é a mais comum das DST. Também é conhecida pelo nome de blenorragia, pingadeira, esquentamento. Nas mulheres, essa doença atinge principalmente o colo do útero.

Sinais e Sintomas
Entre dois e oito dias após relação sexual desprotegida, a pessoa passa a sentir ardência e dificuldade para urinar. Às vezes, pode-se notar um corrimento amarelado ou esverdeado - até mesmo com sangue - que sai pelo canal da urina, no homem, e pela vagina, na mulher.
A clamídia também é uma DST muito comum e apresenta sintomas parecidos com os da gonorréia, como, por exemplo, corrimento parecido com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. As mulheres contaminadas pela clamídia podem não apresentar nenhum sintoma da doença, mas a infecção pode atingir o útero e as trompas, provocando uma grave infecção. Nesses casos, pode haver complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até esterilidade.

Formas de contágio
A principal forma de transmissão da gonorréia é por meio de relação sexual com pessoa infectada, seja essa relação oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo. Mesmo sem apresentar sintomas, as mulheres contaminadas transmitem a bactéria causadora da doença. Pode ocorrer também, durante o parto, transmissão da mãe contaminada para o bebê. Caso esse tipo de transmissão aconteça, corre-se o risco de o bebê ter os olhos gravemente afetados, podendo levar à cegueira.

Sífilis


É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível. Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. A doença pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.

Sinais e Sintomas
A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto.

Transmissão da sífilis
A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).

Prevenção
Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, em curto prazo, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.

Tratamento
O tratamento mais indicado para a sífilis é a utilização do mais antigo dos antibióticos: a penicilina. O maior problema do tratamento é o seu diagnóstico, visto que a sífilis pode ser confundida com muitas outras doenças. Os pacientes devem evitar ter relação sexual até que o seu tratamento (e do parceiro com a doença) se complete. A gestante deve realizar controle de cura mensal.

Se não tratada, a sífilis progride, torna-se crônica e pode comprometer várias partes do corpo ou levar à morte.

Labirintite


Labirintite é um desarranjo do equilíbrio seguido de uma infecção no trato respiratório superior. É um processo inflamatório que atinge os labirintos. Popularmente, problemas de audição são associados à doença. Em sentido mais extenso, a labirintite pode causar tontura, vertigem, zumbido, desequilíbrio e mal estar.

Algumas vezes, as vertigens podem ser o primeiro vestígio da doença. A tontura pode ser decorrente de hipoglicemia, quando a pessoa passa por longo período de jejum, já que o ouvido gasta grande quantidade de energia (açúcar e oxigênio).

Alguns fatores que podem desencadear os sintomas de labirintite são: hipoglicemia; casos de doenças, como diabetes, hipertensão, reumatismo e otites; excesso de cafeína, tabagismo, álcool ou drogas; problemas psicológicos, como estresse, ansiedade e depressão; e utilização de alguns antibióticos e antiinflamatórios.

Tendinite


Tendinite é a inflamação dos tendões causada por fatores mecânicos ou químicos. O primeiro caso decorre de sobrecarga, esforços prolongados e repetitivos, já o segundo ocorre por desidratação, alimentação incorreta e presença de toxinas no organismo. Tendões são fibras de tecidos de conexão resistentes que ligam o músculo ao osso.

A inflamação se manifesta primeiramente com dores, associada muitas vezes à incapacidade de realizar alguns movimentos, como subir ou descer escadas, caminhar, dobrar os joelhos, entre outros. A tendinite pode ser manifesta em alguns momentos de trabalho realizados de forma rápida, sem ter feito um aquecimento necessário. A doença pode ser confundida com artrite reumatóide, lesão por movimentos repetitivos.

O tratamento consiste no uso de intiinflamatórios. O repouso e a fisioterapia são essenciais. Recomenda-se aplicar bolsas de gelo. Caso a pessoa não trate a doença de forma adequada poderá sofrer uma ruptura do tendão.

Algumas medidas de prevenção incluem a realização de pausas freqüentes no trabalho e a variação de movimentos realizados.

Cuidados com o Colesterol


O colesterol é uma classe de lipídeos (esteróides), como estrutura química relativamente complexa, abundantemente nos órgãos e tecidos dos animais.

Essa substância é transportada pelo sangue associada a certos tipos de proteínas (as lipoproteínas), entre as mais conhecidas estão: a lipoproteína de baixa densidade e a alta densidade, respectivamente denominadas por LDL e HDL, assumindo comportamentos antagônicos no organismo.

O colesterol LDL, também chamado de “colesterol ruim”, pode se acumular na parede das artérias, formando depósitos de gordura contribuindo com a aterosclerose (doença que causa enrijecimento e perda da elasticidade das artérias, podendo causar o seu entupimento).

Já o colesterol HDL, conhecido como “colesterol bom”, é fundamental ao metabolismo do organismo, participando na composição membranar das células, síntese de hormônios sexuais masculinos e femininos (testosterona e estrógeno), produção de sais biliares, bem como vitamina D.

Dessa forma, uma alteração no nível de colesterol, elevada concentração de LDL (hipercolesterolemia) e baixa de HDL, aumenta os riscos de doenças cardiovasculares que são agravadas por uma série de fatores: genéticos, dieta rica em gordura animal, diabetes e hábitos como, por exemplo, o alcoolismo.

Em princípio, uma pessoa adulta saudável apresenta os seguintes índices para um equilibrado padrão de colesterol:

Nível de colesterol menor que 200mg / 100ml;
Um nível de LDL menor que 130mg / 100ml;
E um nível de HDL maior que 60mg / 100ml no sangue.

Subnutrição


Subnutrição é o consumo insuficiente de nutrientes essenciais para a saúde, mata cerca de uma criança a cada seis segundos, pois debilita o organismo e facilita a contração de várias doenças como hemorragia gastro-intestinal, dor de cabeça, visão dupla, raquitismo, osteoporose, escorbuto, edemas, aumento da glândula tireóide, doenças coronárias e outras.

A subnutrição na maioria dos casos é resultado da pobreza, pois alimentos são mercadorias e necessitam de recursos para serem comprados, mas existem outros fatores que colaboram com este índice como é o caso da produção voltada para a exportação e a perda de bons solos para o plantio.

Hoje, a subnutrição acompanha 840 milhões de pessoas em todo o mundo e ao contrário do que se pensa, a maioria vive em países em desenvolvimento.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Escoliose


Observando-se o corpo humano pelas costas, a coluna vertebral normal apresenta-se reta, da cabeça até a região sacral.

Quando a coluna se apresenta curva, no plano das costas, essa deformidade é denominada escoliose. A escoliose pode apresentar uma curva em "C" ou uma dupla curva em "S".

A escoliose não deve ser confundida com má postura. Quando a causa é desconhecida ela recebe o nome de escoliose idiopática.

Aproximadamente 85% das escolioses são idiopáticas. É a grande maioria.

Durante a infância, a escoliose afeta meninos e meninas. Na fase adolescente, as meninas são 5 a 8 vezes mais afetadas pela escoliose. Entretanto, 90% dos casos de escoliose idiopáticas são devidos a acréscimos moderados da curvatura da coluna e, geralmente, não são contemplados com tratamento intensivo.

Durante a juventude, geralmente, a escoliose não apresenta processos de dor. Se a escoliose não for corrigida, na fase adulta, podem ocorrer dores nas costas.

No plano das costas, parte da musculatura atua mantendo a coluna reta e estável. Para isso a natureza fez esses músculos aos pares e simétricos.

Quando um músculo fica mais tensionado que o seu par, ele acaba puxando a coluna para o seu lado e, assim, provoca a escoliose.

Para os casos onde as deformidades da coluna não forem causadas por doenças nos ossos ( osteoporose, tuberculose etc ) ou deformações nas vértebras, é obvio que o tratamento deve reconduzir a coluna para a posição normal e, através da fisioterapia, desenvolver a musculatura interessada para mantê-la na posição corrigida.

A recondução da coluna para a sua posição normal poderá ser feita facilmente com o emprego de uma força de tração na mesma. A tração aumenta o espaço entre as vértebras e além disso reduz a curvatura nos pontos críticos. A aplicação de tração na coluna é uma forma engenhosa para promover o seu "endireitamento" sem que seja necessário pegar ou manusear vértebras e discos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Alopecia areata


A alopecia areata consiste na perda repentina de cabelos ou pelos em regiões específicas, em formato arredondado, sem deixar alteração na pele do local. Quando o mesmo processo ocasiona a perda total do cabelo do couro cabeludo, o fenômeno é chamado de “alopecia total”.

Atingindo ambos os sexos e diversas idades, esta queda é, geralmente, assintomática – mas queimação ou coceiras locais podem ocorrer. É mais frequente em jovens.

É uma doença benigna, mas capaz de provocar problemas de ordem psicológica, decorrentes de sentimentos de vulnerabilidade e baixa auto estima – tanto para o portador quanto para a sua família.

Geralmente o acometido por este tipo de calvície tem familiares com o mesmo problema e enfermidades de origem imunológica são associadas. Desta forma, acredita-se que os portadores possuem pré-disposição genética e que fatores específicos, relacionados à imunidade, desencadeiam em seu desenvolvimento.

O portador pode ter recuperação total, parcial ou simplesmente não tê-la. Quando ocorre, os pelos tendem a nascer finos e esbranquiçados, mas recuperam suas propriedades normais após certo tempo.

Para diagnóstico é feita a análise do local afetado e, em alguns casos, biópsias são necessárias. O tratamento, indicado por um médico dermatologista, consiste em injeções locais de cortisona ou aplicação de cremes com corticosteroides, solução de Minoxidil ou creme de antralina. Auxílio psicológico é recomendado, em razão das questões já expostas.

Uma questão relevante é sobre o uso de bonés: em face do esquentamento e abafamento da cabeça que estes causam, não são indicados, já que podem agravar ainda mais o caso.

Urticária


Urticária é uma reação da pele ocasionada por vários fatores, como alimentos, medicamentos, inalantes, picadas de insetos, doenças endócrinas, infecções virais, agentes físicos e emocionais. Não é uma doença contagiosa.

A mesma é caracterizada pela erupção cutânea eritematosa (avermelhada) e pelo prurido (coceira). As lesões aparecem em diversas partes do corpo, aparecendo e desaparecendo rapidamente de um local para outro.

A urticária é considerada aguda quando as lesões permanecem até seis semanas, e crônica quando permanecem mais que esse tempo. A ingestão de álcool, o calor, a febre e o estresse emocional podem piorar o quadro da doença, pois auxiliam a dilatação dos vasos sanguíneos.

O diagnóstico da urticária é realizado pela aparência das lesões na pele, presença de coceira e duração das lesões. O tratamento é feito com medicamentos via oral ou de uso tópico.

Os Benefícios do Chá Verde

O chá verde é originário das folhas Camellia sinensis. Esta planta tem origem chinesa e foi descoberta pelos monges budistas japoneses. O chá é uma bebida milenar que atrai cada vez mais consumidores por suas propriedades, aroma e sabor.

A ciência comprova suas propriedades terapêuticas e cosméticas. Rico em flavonóides, substâncias antioxidantes que favorecem a neutralização dos radicais livres responsáveis pelo envelhecimento celular, faz bem para a pele, sendo mais eficaz que os carotenos e as vitaminas C e E, que atuam contra as rugas precoces. Pode diminuir as taxas de colesterol, ativar o sistema imunológico e prevenir contra o câncer.

Dentre seus vários benefícios para a saúde, as propriedades do chá verde também estão ligadas ao emagrecimento. Segundo estudo, o extrato do chá verde aumenta o gasto energético, a oxidação de gordura e é desintoxicante, por possuir efeitos diuréticos.

Psoríase


A psoríase é uma doença dermatológica benigna, não contagiosa e crônica – com fases de piora e fases de melhora. Ela atinge de 1 a 3% da população mundial e se manifesta em pessoas de todas as idades e de ambos os sexos. Seu surgimento ou piora estão relacionados a fatores desencadeantes, como o estresse, medicamentos, clima e algumas doenças, como diabetes.

Em aproximadamente 30% dos casos, os portadores possuem histórico familiar para esta doença – o que revela seu caráter genético herdável. As regiões afetadas são, principalmente, joelhos, cotovelos, couro cabeludo, palma das mãos e sola dos pés e, em razão de suas características, pode ser confundida com outras doenças, tais como micose, alergia e câncer de pele.

De acordo com o aspecto e localização, a doença recebe um nome específico:

- Psoríase vulgar: placas avermelhadas bem definidas, com escamas secas. Ocorre mais frequentemente no couro cabeludo, cotovelos, joelhos e umbigo. Quando as placas regridem, costumam deixar as áreas afetadas mais claras;
- Psoríase invertida: lesões úmidas, localizadas nas dobras do corpo (entre as nádegas, região genital, etc.);

- Psoríase gutata: pequenas e numerosas lesões em forma de gota que surgem no tronco, braços e coxas e estão associadas a infecções, principalmente de garganta;

- Psoríase eritrodérmica: ocorre em 75% do corpo ou mais;

- Psoríase ungueal: as alterações ocorrem nas unhas, principalmente nas das mãos, sendo a principal característica o descolamento destas;

- Psoríase artropática: compromete, principalmente, articulações das pontas dos dedos, mas pode estar presente nos joelhos ou cotovelos;

- Psoríase pustulosa: lesões estáveis com pus, localizadas nas palmas das mãos e plantas dos pés;

- Psoríase palmo-plantar: envolvimento das palmas das mãos e/ou planta dos pés, podendo apresentar rachaduras;
- Artrite psoriásica: inflamação articular que ocorre, principalmente, nos dedos das mãos. Promove dor, dificuldades nos movimentos e alterações na forma das articulações.

Banhos de Sol melhoram o quadro das lesões em 80% dos casos e o uso de cremes hidratantes melhoram as descamações e evitam rachaduras. Estresse, alguns fármacos, o uso de álcool e cigarro e coçar as lesões são fatores que pioram o quadro.

As formas de tratamento dependem do tipo da psoríase: em casos mais brandos, o uso de medicação tópica, como xampus, pomadas e loções são considerados e, nas formas mais avançadas, o uso de medicamentos orais ou injetáveis e sessões de fototerapia.

Essa doença, que causa impactos na vida do portador em razão de questões relacionadas a preconceito em ambientes sociais e locais de trabalho, pode ser controlada com auxílio de um médico especializado. Infelizmente, ainda não se sabe como preveni-la.